Adorava a fórmula de Bhaskara. Gozava decifrando logs, calculando progressões, descobrindo ângulos. ( Galhos numéricos brotavam da ponta do lápis mais inteligente da classe, bordando trios e trios de páginas.)
Um dia, o amor ( esse safado) escapuliu de um romance de Alencar, que ela tinha acabado de ler (para fazer prova), e comeu todo o seu caderno de tabuada.
E o amor,além de safado,amava guilhotinas, facas na pele. Ao amor agradava apenas as operações de razão. As de proporção nunca foram compatíveis com seu gênio, extremamente difícil.
Um comentário:
Os amores (ainda mais os escapulidos de certos tipos de romances ou congêneres) às vezes têm uma precisão cirúrgica...
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