quarta-feira, setembro 26, 2012

Não era

Não era vento:
era ser forte
era ser fraco
e, às vezes, sem rumo.

Não era chama:
Era um gosto na língua
Era umidade entre as pernas
Era angústia de amar.

Não era outono:
era a superfície da pele
alcatifada por rugas.

Não era um trilho de trem
uma estação rodoviária
um aeroporto
nem mesmo o mar
com um barco distante:
era a vida que restava
acorrentada à ausência.

Não era chuva:
era tristeza pura.
E só.

6 comentários:

Rapha disse...

Linda poesia... muito linda!!!

Lucas Lameira disse...

Nossa! Excelente! Encantador. Parabéns!

Samuel Medina (Nerito Samedi) disse...

Privilégio de presenciar a gestação desse poema! rs...

POESIAS SENSUAIS E CONTOS disse...

Lindo blog poeta. Parabéns e uma boa semana

Renata Carmim disse...

mto boa!

Sensibilidade a navegar com poesias disse...

Linda sua poesia, belas expressões poéticas...parabéns...